quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Open AdStream - Boas Práticas

Boas práticas de nomeclatura e exclusão de campanhas no Open AdStream.


Abaixo o quadro com sugestões de Id's:



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Brasil e o WCIT


Entrevista publicado hoje no Link 

‘Contra a neutralidade, não assino’, diz ministro.


Ao ‘Link’, o ministro Paulo Bernardo diz que falta de consenso dificulta posicionamentos do Brasil na WCIT

SÃO PAULO – Um grupo de brasileiros composto majoritariamente por membros do governo, congressistas e empresários e, em menor número, acadêmicos e de organizações civis embarcou neste sábado rumo a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Eles representarão o Brasil no WCIT, a conferência de telecomunicações da União Internacional das Telecomunicações, órgão pertencente à ONU. Nas próximas semanas, decisões importantes poderão ser tomadas lá, afetando a vida de muitos usuários de internet.


Entre os possíveis tópicos em pauta, estão neutralidade de rede, governança da internet, privacidade, vigilância, controle e segurança. O ministro das Comunicações e chefe da delegação brasileira nesta primeira semana, Paulo Bernardo, falou ao Link (veja abaixo) sobre a importância do evento para o mercado de telecoms e para o Brasil, já que as conclusões tiradas na WCIT podem ser usadas como argumento para alterar regras no Brasil, presentes, por exemplo, no texto do Marco Civil da Internet, que ainda não foi votado na Câmara.

Quais são as propostas que o Brasil está levando para Dubai?A coisa principal é que lá vamos defender a diminuição do roaming internacional. Acho que tem que baratear, por isso vamos sugerir mais pontos de trocas de tráfego. Sobre neutralidade de rede, nós avaliamos com a Anatel anteriormente que não valeria a pena levar alguma proposta. A gente tinha uma, mas mas tiramos de pauta porque não temos consenso. No Brasil, o governo tem uma posição, as empresas têm outra, o Congresso tem várias. Então a gente não vai levar nenhuma posição sobre o assunto. Nós somos a favor da neutralidade, mas deve existir uma posição majoritária da delegação para dizer que é uma proposta nossa, como delegação; individualmente, pode.

E sobre o Icann?Não temos porposta sobre o Icann. Achamos ele excessivamente americano. É um controle norte-americano da internet. Poderia ter um caráter mais multilateral. Eu acho muito difícil que os EUA abram mão de algo sobre o qual eles têm um controle quase total. A rede da internet começou lá, por isso o Icann acabou virando o governante da internet no mundo inteiro. Isso é um problema em momentos como este, que temos que lidar com questões conflituantes. Acho também que os países deveriam ter assento lá. Não dá para ter um organismo totalmente americano e os países simplesmente obedecerem. Mas também não vamos levar proposta para que a governante seja a UIT. Mas, no minimo, o Icann deveria ser mais aberto.

O Google é crítico da WCIT. O que acha da ideia das teles de cobrar o Google por uso de banda?Não dá para achar que o Google é o guardião da liberdade no planeta e que estando do lado dele nós estamos certos. O Google é uma empresa e sendo assim ela defende seus próprios interesses. Acho pouco provável que se consiga taxar o Google, mas com certeza é uma questão relevante. Temos empresas que ganham muito sem produzir conteúdo. Aqui no Brasil, a Associação de Jornais se desvinculou do Google News por isso, o que mostra que há uma insatisfação. Vai ser difícil achar um modelo eficaz para essa cobrança.

Como o Brasil vai votar na WCIT?Todo dia pela manhã, vamos ter reunião da delegação. Se houver posições consensuais ou majoritárias, votamos a favor; se não, não.

A WCIT pode modificar o texto do Marco Civil?Não acho que seja determinante para o Marco Civil. Se tiver decisão sobre neutralidade, vai influenciar aqui [no Brasil], mas não quer dizer que vai determinar. Acredito que a votação [do Marco Civil], inclusive, deve acontecer no fim de ano ainda. Após a WCIT, a disputa de ideias que existe no Congresso hoje vai continuar, e eu acho absolutamente normal. Mas a qualidade do texto vai ser definida aqui. O mais provável é que o Congresso não chegue a um acordo e a gente tenha que votar o projeto depois.

O Brasil deve assinar o documento final da conferência?Acho que a tendência é os países procurarem uma posição mínima para a criação de um documento genérico para assinar. Isso porque ninguém vai assinar um documento se for contrário aos interesses do país. Se o documento final for contra a neutralidade, por exemplo, eu não assino, assim como tantos outros países não assinariam.